PREFEITURA
MUNICIPAL DE MOSSORÓ / PMM
Secretaria
Municipal da Cidadania / SMC
Gerência
Executiva da Educação / GEED
Subcomissão de Reformulação
Curricular:
Componente Curricular Ensino da Arte
CON cEPÇÃO E
PRO POSTA DE
IMPLANTAÇÃO
Componentes:
Prof.
Hebert Luis Regis de Menezes (autor)
Profª.
Margareth Rejane da Silva Pereira (Secretaria)
Prof. Álvaro M. C. de
Carvalho (Colaborador)
Prof. Carlos Roberto Teixeira
(Colaborador)
Profª. Jaciara Gomes Pereira (Coordenadora
Pedagógica)
Mossoró
(RN), março de 2011.
S
U M Á R I O:
I _ APRESENTAÇÃO
II _ INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA
III _ EMENTA DA DISCIPLINA
IV _ OBJETIVO GERAL
V _ OBJETIVOS ESPECÍFICOS
VI _ CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
ARTES VISUAIS
MÚSICA
DANÇA
TEATRO
VII _ METODOLOGIA
VIII _ PROCEDIMENTOS
IX
_ AVALIAÇÃO / FORMAS AVALIATIVAS
X _ SUGESTÕES ELENCADAS
XI _ RECURSOS E MATERIAIS
XII_ BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
I_ APRESENTAÇÃO:
Este projeto de Concepção e Proposta de Implantação de
uma nova matriz curricular para o ensino da Arte nas escolas públicas
municipais em Mossoró (RN) é fruto de debate e reflexões, construídas ao longo
de sete (07) encontros de 4horas presenciais e 12horas de pesquisa e construção
teórica, realizadas pela Subcomissão de Reformulação Curricular: Componente
Curricular Ensino da Arte, totalizando 40 horas.
Nosso objetivo seria construir uma matriz curricular que
inovasse e atualizasse os conteúdos da disciplina: Ensino da Arte, com foco nos
conteúdos mínimos, baseando nossas ações em estudos, aprofundamentos de leituras
e pesquisas de conteúdos para propor uma nova realidade do ensino/aprendizagem
da Arte/Educação nas Redes de Educação públicas municipal de Mossoró/RN.
Consideramos que nenhuma proposta teórica provocará a
mudança de realidade por si só, pois acreditamos que essa mudança só poderia
ser possível se houvesse um vínculo de pesquisa continuada adotado pelo
professor de arte, como também, a criação de uma assessoria especializada na
GEED, voltada para esses educadores que por constatações percebemos a ausência
de formação acadêmica ou vivência nas linguagens artísticas, mas que demonstram
interesse em conhecer metodologias básicas para um ensino eficiente.
Pelo vínculo de pesquisa e uma assessoria em
Arte/Educação ocasionaria a nosso ver, o delinear de um processo interno de desconstrução
de práticas pedagógicas ortodoxas, historicamente já concebidas na
municipalidade para a reconstrução / reestruturação em um novo devir em sala de
aula.
Pretendemos balizar nossa Matriz Curricular voltando o
olhar para o ensino local e elencando conteúdo regionalizado no tocante a Lei nº 12.287 de 13 de Julho de 2010,
buscando práticas que valorizassem os bens artísticos e culturais,
identificando manifestações, eventos artísticos, monumentos, galerias, museus e
artistas existentes no município de Mossoró.
Desta maneira, acreditamos que aproximaremos nosso
alunado as manifestações
e produções artísticas que devem ser entendidas como objetos culturais,
pertencentes ao modo de vida que contribuem à construção de uma cidadania local.
Por sua vez, tais manifestações foram construídas pelo homem ao longo de sua
vida e carregam dentro de si inúmeros significados que devem ser desvendados na
escola.
II_ INTRODUÇÃO COM JUSTIFICATIVA:
O estudo da
Arte deve ser entendido como a reconstrução do próprio objeto artístico, suas
condições de produção e recepção estética ou educação estética. Entendemos
que a educação estética (humanização dos sentidos), pode ser trabalhada nas
instituições escolares por meio da disciplina atualmente denominada Ensino da Arte.
Tornar-se e reconhecer-se como humano ocorre quando temos acesso aos bens
culturais que a humanidade construiu ao longo dos anos, e entre eles está o
conhecimento artístico. Educar esteticamente consiste em ensinar o Homem a ver,
ouvir, movimentar-se, atuar e sentir, o que não acontece de forma livre e
espontânea. Assim, perguntamos: O que ensinar sobre arte nas escolas? Como
ensinar? E como avaliar? O que são conteúdos escolares e artísticos?
Na primeira indagação nos
debruçamos nas Propostas Curriculares para o Ensino da Arte solicitadas
anteriormente pela GEED aos professores de Arte, observamos que dos 34
professores existentes na rede municipal de ensino só 08 entregaram suas
propostas teóricas, feitas as leituras percebemos que em todas aparecem as
Artes Visuais reflexo de um curso de atualização nos PCN’s realizado em 2000
promovido pela GEED, e nas demais cita de forma imprecisa as linguagens de
Tetro e Dança.
Não
é de nosso intuito afirmar com estatísticas, haja vista o baixo número de
Propostas, o que nos chega, é a possibilidade de perceber a realidade pela
amostragem e nesse recorte não encontramos o ensino de Música agora tendo sua obrigatoriedade
pela Lei nº 11.769/08 que altera a LDB de nº 9.394/96 no seu parágrafo 6º: A música deverá ser conteúdo obrigatório,
mas não exclusivo, do componente escolar de que trata o parágrafo 2º deste
artigo.
Para responder a questão: O que
ensinar sobre arte nas escolas? Baseamos-nos
na Resolução nº 06/2009 – CME que estabelece a Matriz Curricular para o Ensino Fundamental nas Unidades
Escolares da Rede Municipal de Natal/RN, que demonstra uma referência estadual,
e em pesquisas realizadas pela Internet, observamos que a forma de elencar as
quatro linguagens artísticas (Música, Dança, Teatro e Artes Visuais)
respeitando a faixa etária nas escolas se trata de uma conjuntura tendenciosa
nacional.
Justificando essa
mudança tardiamente, encontramos nos PCN’s Artes quando trata dos objetivos
gerais do ensino de Arte a seguinte orientação:
“No
transcorrer do ensino fundamental, espera-se que os alunos, progressivamente,
adquiram competências de sensibilidade e de cognição em Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro, diante da sua produção de arte e no contato com o patrimônio
artístico, exercitando sua cidadania cultural com qualidade.” (PCN’s Artes, 1998, p. 47).
Percebemos que Artes
Visuais, Dança, Teatro e Música caracterizam as principais linguagens artísticas
a serem implementadas através da disciplina: Ensino da Arte.
Portanto, sugerimos a organização
das linguagens artísticas por anos finais do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º
ano), na grade curricular das escolas municipais da seguinte maneira:
6º ANOS
|
7º ANOS
|
8º ANOS
|
9º ANOS
|
ARTES VISUAIS
|
MÚSICA
|
DANÇA
|
TEATRO
|
Para que o conteúdo
fique mais prazeroso e regionalizado, propomos adotar os quatro eixos temáticos
norteadores artísticos e de orgulho social da municipalidade de Mossoró,
acrescido da manifestação cultural-artística religiosa: Oratório de Santa
Luzia, que servirão de base para a pesquisa em Artes Visuais, Música, Dança e
Teatro, sendo livre sua correlação com a linguagem artística:
·
A libertação dos
escravos: (6º ano).
·
O Motim das mulheres e
o Oratório de Santa Luzia: (7º ano).
·
A resistência ao bando
de lampião: (8º ano).
·
O 1º voto feminino (9º
ano).
Contribuindo,
ressaltamos que cada manifestação/objeto e/ou linguagem artística têm uma
história que precisa ser recuperada para se dar um sentido a eles. Essa história muda muito de acordo com o valor
que se atribui socialmente a esse objeto, isso significa que esse objeto vai-se
transformando e adquirindo a forma de um objeto cultural.
Consideramos
que estamos vivenciando os conceitos de uma sociedade pós-moderna, por esse
motivo, concebemos a idéia de que a disciplina: Ensino da Arte implantando essa
nova matriz curricular em todos os anos escolares, respeitando a faixa etária
dos alunos e o conhecimento prévio gradativo do professor, resultaria no ato
pedagógico “intercultural” com o objetivo maior de conhecer e reforçar a
herança artística e estética dos educandos, ampliando as formas de ver e sentir
os objetos artísticos, bem como, reconhecer outros que não fazem parte de seu
acervo imediato e preservar esses objetos como representação de culturas, de
identidades, de patrimônio da humanidade.
Segundo
Barbosa, “o compromisso com a diversidade cultural é enfatizado pela
Arte-Educação Pós-moderna” (2002, p. 19), através da “idéia de reforçar a herança artística e estética dos alunos com base
em seu meio ambiente” (BARBOSA, 2002, p. 24). Nessa direção, tanto Richter (2003) como Barbosa (1998; 2002) vêm, ao longo dos
anos, produzindo diferentes estudos sobre a diversidade cultural no ensino da arte.
Segundo as referidas autoras, definir diversidade cultural pressupõe evocar diferentes
termos, tais, como multiculturalismo, pluriculturalidade, interculturalidade, que,
na atualidade, aparecem como sinônimos no ensino de arte.
No entanto, Barbosa (2002) e Richter
(2003) nos alertam que o termo mais adequado para designar a diversidade
cultural no ensino da arte é a “interculturalidade”.
No livro Inquietações e Mudanças no
Ensino da Arte, Barbosa nos
explica que, “enquanto os termos
‘Multicultural’ e ‘Pluricultural’ pressupõem a coexistência e mútuo
entendimento de diferentes culturas na mesma sociedade, o termo ‘Intercultural’
significa a interação entre as diferentes culturas” (2002, p. 19).
O desrespeito das diferenças culturais é refletido,
a nosso ver, nas escolas onde se apresentam: a) atitudes de pré-conceito; b)
situações de violência e intolerância entre alunos e c) maltrato dos livros.
Tais percepções vão de encontro a uma sociedade que reclama pela falta de
leitura e as ações de um país que distribui livros gratuitos para incentivar o
habito. Diante desse pensar, nossa
atenção recairia em ações pedagógicas que propiciem o educando a desenvolver a
leitura em Arte, ou seja, o letramento estético, aprendendo a dar significado
aos seus objetos interculturais e, se possível, produzi-los, com base nesse
conhecimento. Semelhante aos estudos realizados em língua portuguesa sobre os
textos literários que no nosso caso seria os objetos de Arte, os alunos vão
recuperar a intertextualidade desses objetos que vão além do próprio objeto.
Concluímos na perspectiva de que a disciplina:
Ensino da Arte, sobre esse novo foco, deve ser vista como o direito de os
alunos usufruírem o patrimônio artístico local e da humanidade, de terem acesso
a ele, valorizando as experiências estéticas como representações culturais de
luta e de construção de identidades em diferentes tempos e lugares e, ao mesmo
tempo, reconstruindo-as frente às suas expectativas pessoais, pois o estudo da
Arte faz parte de uma filosofia, razão, sensibilidade e leitura de mundo.
III_ EMENTA DA DISCIPLINA:
Nas escolas esta
Disciplina está formalmente regulamentada pela Lei 9394/96 (LDB), no seu
“ínterim” nos revela que Artes* é uma disciplina de igual valor pedagógico como
as demais disciplinas do currículo escolar. É obrigatória e se dimensiona na
área educacional como linguagem. Na nossa realidade, acreditamos que a
disciplina está preocupada com o aluno vivo, inquieto e participativo por esse
motivo jamais devemos expulsa-lo de sala de aula, com um professor que não teme
suas próprias dúvidas sempre pesquisando e com uma escola aberta, interativa e
diversificada, socializadora das redes de comunicação existente no mundo
globalizado.
Estamos vivenciando as
transformações sociais e tecnológicas do século XXI que nos remete as teorias
da contemporaneidade e pós-modernismo. Objetivando-nos a preparar o indivíduo
para a vida moderna, como também, ao desenvolvimento das habilidades
intelectuais, psicoemocionais e corporais, e não só, para o mero acúmulo de
informações.
Nessa perspectiva,
devemos trabalhar o aluno como uma pessoa inteira, com sua afetividade, suas
percepções, sua expressão, seus sentidos, sua crítica e sua criatividade,
emolduradas pelo desenvolvimento de uma consciência cidadã.
Portanto,
propomos aos alunos práticas artísticas e situações inerentes ao seu dia-a-dia,
para que os mesmos possam ampliar seus referenciais de mundo e trabalhar
simultaneamente com todas as linguagens (escrita, sonora, dramática, plástica e
corporal). Abordaremos o desenvolvimento de atividades que possibilitem a
desinibição corporal e a liberação da criatividade como elemento de
auto-expressão, aliado ao despertar de definições artísticas e o
desenvolvimento da apreciação, crítica e gosto pela Arte.
______________________________________________________________________
Artes*_ uso da nova nomenclatura para a
Disciplina Ensino da Arte.
IV_ OBJETIVO GERAL:
·
O objetivo geral do
Ensino de Artes é a promoção do desenvolvimento artístico, estético e cultural
do educando, desenvolvendo nos alunos a capacidade de leitura
estética nas diversas linguagens, propiciando o acesso aos bens artísticos
de Mossoró, incentivando a capacidade de análise e crítica associada ás imagens
e de produção artística, estimulando-os a pensar sobre a criação nas diversas linguagens
artísticas: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança.
V_ OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Contribuir
para o desenvolvimento mais humano e por uma ética/estética do conviver e viver
a vida, implicadas na diversidade cultural, promovendo leituras imagéticas,
sonoras, táteis e corporais, ampliando a expressividade na formação de
leitores/criadores de uma poética singular/plural, formar um público capaz de
reconhecer a produção artístico/estético e cultural local, nacional e
internacional;
· Discutir
e questionar os estereótipos e preconceitos culturais, visando o respeito à diversidade
em qualquer nível e saber;
· Desenvolver
procedimentos pedagógicos que favoreçam ao aluno uma visão ampliada
sobre
Arte e Cultura;
· Planejar
e executar aulas de campo a instituições históricas e culturais, monumentos, participação
em eventos de natureza sócio-culturais, propondo alternativas quando da
existência de obstáculo para essas práticas.
·
Socializar informações
culturais, articulando os diversos conhecimentos sistematizados de diferentes
fontes culturais, sejam conhecimentos locais, globais, do senso comum e/ou de natureza
científica.
VI_ CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:
Os conteúdos de Arte devem
ser vistos como modos de ampliar o conhecimento de mundo do aluno e, que aqui
estão expostos para ser fonte de guia na pesquisa do professor. Não há
subordinação entre esses conteúdos se forem colocados em cheque com o caráter
transitório da Arte, porque nunca um objeto artístico será igual ao outro,
envolvendo muitas leituras sujeitas à perspectiva de quem lê, porque aprendeu a
ler.
Indicam-se o estudo da
Arte como linguagens construídas com códigos e materiais próprios (artes
visuais, musica, teatro e dança), de acordo com suas funções sociais.
As artes visuais são
identificadas por sua linguagem visual.
A música é identificada
por sua linguagem musical.
O teatro é identificado
por sua linguagem teatral.
A dança é identificada
por sua linguagem corporal.
Conteúdos
escolares são os saberes universais que constituem o mundo da cultura, e, entre
eles, está a arte. No contexto escolar, o objeto de estudo da disciplina Arte
são os conteúdos específicos contemplados nas diferentes linguagens artísticas,
entre elas Música, Dança, Teatro e Artes Visuais, em um determinado tempo e
espaço historicamente construído pelo Homem. Nesta perspectiva, os conteúdos
escolares em arte devem ser abordados em direção a uma totalidade e que possa
abarcar dois eixos segundo GASPARIM (2002):
Gráfico e destaque do
autor.
|
A faixa etária dos
alunos é um diferencial no desenvolvimento desses processos porque envolvem
aspectos cognitivos, interesses pessoais, conhecimentos prévios.
A seguir são
apresentados os conteúdos programáticos selecionados das linguagens artísticas
por séries anuais.
ARTES VISUAIS
■ Cores Primárias, Secundárias e Terciárias/ Quentes
e Frias / Monocromia, Bicromia e Policromia;
■ Ponto: ponto geométrico, ponto gráfico e sua
utilização em produções visuais;
■Linha:
classificação e aplicação dos diferentes tipos de linhas quanto ao traçado e à
forma;
■Textura
como elemento expressivo natural ou produzido e visual ou tátil;
■Direção,
movimento, ritmo, volume, proporção, equilíbrio e simetria;
■A
pintura rupestre brasileira: lajedo de Soledade /Apodi (RN); motivos naturalistas e motivos geométricos; figuras
antropomorfas e zoomorfas e as
expressões rupestres na região nordeste;
■A arte dos índios brasileiros antes e após o
descobrimento do Brasil: a cerâmica marajoara, a arte do trançado e a
tecelagem; a cerâmica; a arte plumária e pintura corporal
■A história da Cidade de Mossoró: a arquitetura
tradicional e inovadora, o traçado da cidade,
principais monumentos artísticos e principais artistas. Os artistas pioneiros.
Pontos turísticos da cidade;
■A
grande contribuição do negro no desenvolvimento e riqueza do Barroco colonial
brasileiro. Mestre Ataíde e Aleijadinho. O Barroco como o primeiro estilo
artístico brasileiro;
■Técnicas
e prática de gravura em geral, com especial ênfase na xilogravura ilustrativa
da literatura de cordel;
■A
arte popular brasileira – As principais manifestações visuais da Arte Popular
Brasileira (colunas, carrancas, bonecos,
tecelagem, etc.) e os seus principais representantes;
■Estudo dos elementos estéticos da cultura afro-brasileira (Auto da
Liberdade: Libertação dos escravos);
■Renascimento – principais características da
arquitetura renascentista; o uso
da perspectiva, do claro -escuro e o realismo da pintura; os ideais clássicos
de beleza: o equilíbrio da simetria e a regularidade de formas e cores; a
criação de volumes e o jogo de luz e sombra da escultura renascentista
resultante de uma interpretação científica da realidade. Obras dos grandes
mestres do Renascimento;
■O
nacionalismo e a valorização da natureza;
■As
grandes transformações na arte a partir do século XIX aos dias atuais; as novas tendências estéticas
associadas às grandes transformações
sociais, científicas e tecnológicas;
■A
Semana de Arte Moderna e a busca de uma identidade cultural nacional.
MÚSICA
§ Musicalização:
conceito e teoria musical.
Escrita musical com notação tradicional;
§ Identificação dos artistas formadores do patrimônio
musical do município de Mossoró: Auto da Liberdade (hino nacional brasileiro e
hino de Mossoró);
§ Identificação
dos diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cultura mossoroense, e
sua contribuição para a construção do patrimônio cultural do município de
Mossoró;
§ Audição,
identificação e interpretação dos diferentes gêneros musicais (popular, erudito e folclórico e a influência dos estilos internacionais
na musica popular brasileira;
§ A
influência do ritmo sobre o corpo;
§ Pesquisa
auditiva (som, ritmo e silêncio) com sons naturais e artificiais;
§ Relaxamento,
aquecimento, técnica vocal e prática de canto individual e /ou conjunto;
§ Coleta
de dados sobre a música nas culturas negra, indígena e português;
§ A
música como forma de diversão, estímulo, relaxamento e expressão religiosa:
Oratório de Santa Luzia;
§
Experiências
estéticas adquiridas, sonorizando situações, fatos, imagens, representação gráfica e partituras;
§
Entrevista com os
diferentes profissionais que atuam na área musical;
§ Pesquisa de instrumentos musicais de outras
culturas;
§
Pesquisa sobre os
espaços culturais e a atuação musical dos artistas
mossoroense;
§
Identificação
dos artistas que contribuíram para a formação do patrimônio musical do
município de Mossoró;
§
Forró:
conceito e história na formação da cultura nordestina;
§
Audição
de músicas variadas;
§
Pesquisa
sobre os espaços culturais, atuação dos músicos nordestinos e sua contribuição para a formação do patrimônio cultural
do município de Mossoró: Chuva de Bala no País de Mossoró;
§
Exploração dos sons
naturais, artificiais, ritmos e o silêncio em estruturas sonoras e rítmicas,
para criação de composições e improvisações
vocais e instrumentais;
§ Construção de instrumentos musicais alternativos,
com materiais diversificados;
§ A música popular brasileira e a influência dos elementos
básicos da linguagem musical de origem indígena, negra e portuguesa;
§ Características das tendências estéticas e dos movimentos de manifestos artísticos brasileiros
(bossa nova, tropicalismo, canção de protesto, jovem guarda, entre outros),
seus artistas e produções mais significativas das tendências estudadas.
DANÇA
§ Dança conceito;
§ A dança no Brasil;
§ O gesto corporal como
linguagem não verbal;
§ O gesto simétrico e
assimétrico;
§ O corpo musculatura e
articulações;
§ O corpo na mídia e
performance corporal;
§ Movimento corporal e suas dinâmicas no Tempo e no Espaço;
§ Eixo / deslocamento / ponto de apoio e Rotação;
§ Saltos e quedas;
§ Níveis: alto, médio e baixo;
§ Direções (frente, trás, lado direito, esquerdo, diagonais e paralelas);
§ Dinâmicas (movimentos fortes e fracos);
§ Aceleração (rápida, lenta, moderada e andante);
§ Improvisação com músicas variadas e/ou com imagens;
§ Coreografia: estudo e construção;
§ Deslocamento (solo e em
grupo);
§ Estudo dos elementos básicos
psicomotores (correr, andar, saltar, pular, rastejar, rolar);
§ Equilíbrio estático e dinâmico do corpo, equilíbrio no eixo e fora do
eixo corporal;
§ Formação de grupo;
§ Técnicas: alongamento corporal antes das práticas e relaxamento no
final;
§ Gênero: Pré-história, circular;
§ Gênero: Folclórica, Popular e Étnica;
§ Gêneros: Dança de Salão e
Religiosa;
§ Vivência nas Danças de Forró
(Xote, Xaxado e Baião);
§ A importância da Valsa nas
festas de debutante (prática/vivência);
§ Dança popular brasileira: nordestina, africana, indígena, renascimento;
§ Dança clássica: O Balé Clássico de repertório e sua técnica;
§ A corte de Luiz XIV e sua importância
na dança;
§ Dança moderna e sua oposição a técnica clássica;
§ Danças contemporâneas: Hip-hop, Indústria cultural, Vanguardas e romantismo;
§ Gênero: Os espetáculos de Mossoró;
§ Pesquisa dos principais artistas dançantes e grupos de Mossoró;
§ Estudo de um espetáculo: Auto da Liberdade.
TEATRO
■Elementos
formais da linguagem teatral: palavra, voz, tom, mímica, gesto, maquiagem, acessório, figurino, música,
iluminação, sonoplastia;
■Elementos
básicos do movimento expressivo vocal;
■Elementos cênicos da obra dramática;
■Introdução: dicção – movimentos respiratórios – inspiração e expiração: lúdica, centrada no percurso do ar, abdominal e outras;
■Elementos cênicos da obra dramática;
■Introdução: dicção – movimentos respiratórios – inspiração e expiração: lúdica, centrada no percurso do ar, abdominal e outras;
■Elementos da
ação dramática;
■Jogos dramáticos com os elementos da ação cênica;
■Teatro conceito e origem (Teatro de Arena);
■Jogos dramáticos com os elementos da ação cênica;
■Teatro conceito e origem (Teatro de Arena);
■O teatro mossoroense (autores e
atores pioneiros da Cidade de Mossoró);
■Lendas indígenas em produções teatrais;
■Lendas indígenas em produções teatrais;
■Elementos
corporais na comunicação dramática;
■Marcação de cenas;
■Definição, organização, construção e representação de elementos cenográficos: espaço, ambiente e lugares;
■Marcação de cenas;
■Definição, organização, construção e representação de elementos cenográficos: espaço, ambiente e lugares;
■Definição de
personagens;
■Contextualização da produção teatral;
■Elementos básicos do movimento expressivo vocal;
■Elementos cênicos da obra dramática;
■Introdução à dicção – movimentos respiratórios - inspiração e expiração: lúdica, centrada no percurso do ar, abdominal e outras;
■Contextualização da produção teatral;
■Elementos básicos do movimento expressivo vocal;
■Elementos cênicos da obra dramática;
■Introdução à dicção – movimentos respiratórios - inspiração e expiração: lúdica, centrada no percurso do ar, abdominal e outras;
■Manifestações
cênicas presentes na cultura popular brasileira;
■Montagem cênica: leitura e análise da
dramaturgia local;
■Elementos da linguagem cênica;
■Formas simétricas e assimétricas do corpo;
■Leitura de textos de expressão cênica;
■Elementos teatrais: formas;
■Artistas pioneiros do teatro no Brasil;
■Textos de teatrólogos;
■Escritores e dramaturgos brasileiros;
■Elementos da linguagem cênica;
■Formas simétricas e assimétricas do corpo;
■Leitura de textos de expressão cênica;
■Elementos teatrais: formas;
■Artistas pioneiros do teatro no Brasil;
■Textos de teatrólogos;
■Escritores e dramaturgos brasileiros;
■Construção e elaboração da montagem
cênica;
■Estudo de um espetáculo:
Chuva de Bala no País de Mossoró;
VII_ METODOLOGIA:
Baseada no Método
Dialógico de Ensino e uso da palavra chave ou tema gerador Paulo Freire (1996), como também, na
Proposta Triangular para o Ensino da Arte in Ana
Mae Barbosa (2002), destacando no ensino a Problematização e a história
dos fatos.
Considerando a conceituação dos
Parâmetros Curriculares Nacionais, as expectativas de aprendizagem relacionam-se ao desenvolvimento de habilidades
relativas à
1. Produção (fazer artístico): percepção, experimentação, criação,
produção.
2. Fruição (apreciação): comunicação, leitura, compreensão análise
e interpretação.
3. Reflexão (contextualização): pesquisa, reflexão, crítica,
autocrítica
Balizaremos nossa
Metodologia nos três eixos estratégicos de aprendizagem como sugere CLARO
(1995):
- Cognitiva: Transcrição, leitura e compreensão dos textos
programados para o registro no caderno; debate e reflexão do conteúdo,
observação de espetáculo de dança, teatro, artes plásticas, coral,
orquestras e filmes.
- Afetiva: Facilitação da percepção do relacionamento entre ser
o contexto e não somente de estar no contexto, através do diálogo oral e
corporal.
- Psicomotora: dinâmicas de grupo, jogos lúdicos e vivência do
próprio corpo com as oportunidades de técnicas corporais e técnicas de
produção de artes plásticas, sonora e dramática.
VIII _ PROCEDIMENTOS:
·
Aulas expositivas: teóricas e práticas;
·
Debate e reflexões em grupo;
·
Palestras dialógicas;
·
Discussão de vídeos e obras de arte;
·
Vivência corporal (dinâmicas);
·
Trabalhos independentes e elaborações conjuntas;
·
Uso da Internet;
·
Apreciação de filmes e documentários;
·
Aulas práticas: vivências;
·
Visitas orientadas: Museus, Galerias, Teatros e
monumentos;
·
Apreciação de espetáculos.
IX_ AVALIAÇÃO / FORMAS AVALIATIVAS:
Nossa avaliação será continua e
progressiva, dimensionada na Avaliação formativa: Competencias, conhecimeto, atitude e
habilidades, se adequando à natureza da aprendizagem, levando em conta não só
os resultados das atividades propostas e realizadas, o produto, mas também o
que ocorreu no caminho, o processo. Para isso observaremos as seguintes
indagações elencadas:
a) Que
tentativas o aluno fez para realizar a atividade?
b) Que dúvidas manifestou?
c) Como interagiu com os outros alunos?
d) Demonstrou alguma independência?
b) Que dúvidas manifestou?
c) Como interagiu com os outros alunos?
d) Demonstrou alguma independência?
e) Demostrou interresse?
f) Revelou progressos em relação ao ponto em que estava?
f) Revelou progressos em relação ao ponto em que estava?
"A avaliação deve servir para subsidiar a tomada de decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem será excluído do processo."
Enguita (1995).
X_ SUGESTÕES ELENCADAS:
(1ª)
Conforme Resolução nº 01, de 31 de janeiro de 2006, da Câmara de Educação Básica
do Conselho Nacional de Educação, publicada no Diário Oficial da União de 02/02/2006,
Seção I, pág. 9, denomina-se Artes
(grafada no plural e com letra inicial maiúscula), o ensino da arte, como
disciplina pedagógica inserida na Educação Básica das escolas brasileiras,
constituída pelas linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança, Teatro, Música)
e instituída como componente curricular obrigatório pela Lei Nº 9.394 das Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996, reconhecida
como área de conhecimento (Arte) a partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais
– PCN/Arte (1996-97);
(2ª)
Criação do Departamento: Ensino de Arte na Gerência Executiva de Educação/GEED,
assegurando a assessoria aos professores sem formação em nível superior em
Cursos de Licenciatura em Educação Artística nas diversas habilitações ou de Licenciatura
nas diversas linguagens específicas da área.
(3ª)
O Ensino de Artes organizar-se no currículo escolar considerando-se em cada ano
de escolaridade do ensino fundamental uma das diferentes linguagens e formas de
conhecimentos artísticos, a saber: Ensino de Artes Visuais (1º, 2º e 6º anos),
Ensino de Dança (5º e 8º anos), Ensino de Música (3º e 7º anos) e Ensino de
Teatro (4º e 9º anos).
(4ª)
A carga horária do professor de Artes poderá ser complementada com projetos e
oficinas para alunos, desde que não ultrapassem 50% de sua carga horária
integral, devendo o projeto ser elaborado em conjunto com a equipe gestora,
apreciado e devidamente aprovado.
- As oficinas
artísticas, e os projetos pedagógicos que visam o desenvolvimento de uma
habilidade artística, são atividades a serem realizadas no contra turno do
educando e/ou em horário alternativo proposto e acordado pelos indivíduos
envolvidos.
(5ª)
A nova matriz curricular na área de Artes será implementada de forma gradativa,
respeitando a formação inicial do professor.
(6ª)
O ensino de Artes deve ser organizado de modo a favorecer o ensino e a aprendizagem
equilibrada de cada linguagem artística, evitando-se a superficialidade e os estereótipos.
(7ª)
Ações desenvolvidas pela Gerência Executiva de Educação/GEED para ampliar a
política de Formação Continuada para professores de Artes, incluindo gestores e
coordenadores pedagógicos para discutir os novos desafios lançados para o
componente curricular: Artes, criando e instalando um Fórum Interinstitucional
entre formadores e professores de Artes.
XI_ RECURSOS MATERIAIS:
ARTES VISUAIS
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Livro
Didático
Cartolinas
tipo comum cores variadas
Cartolina
Guache cores variadas
Caixa
de lápis hidrocor
Caixa
de lápis grafite b2/b3/b4
Caixa
de borracha branca
Caixa
de giz de cera
Caixa
de lápis de cor
Folhas
de EVA cores variadas
Tubos
de cola branca de 500ml
Cola
Colorida
Cola
com gliter
Pistola
de cola quente
Bastões
de silicone (grosso e fino)
Pinceis
nº 0, 02,04,06,08,10,12,14, 20 e 24
Rolo
de barbante de algodão
Folhas
de papel crepom cor verde
Tesouras
sem ponta
Réguas
Rolo
de papel de embrulho
Fita
gomada M3
Durex
Telas
tamanhos diversos
Papel
Oficio
Papel
Madeira
Papel
peso 40
Papel
Laminado
Papel
Celofane
Papel
Paraná
Tinta
Látex
Tinta
Pigmentos
Tinta
Guache
Tinta
Dimensional
Verniz
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DANÇA
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Livro
Didático
Aparelho
de som
Datashow
Filmadora
Aparelho
de DVD
Colchonete
Bambolê
Elástico
de 1”
Fitas
de cetins cores variadas
Xerox
da História da Dança
Cd
de música
Vídeos
(filmes)
Camisas
Shorts
de tactel
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MÚSICA
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Livro
Didático
Aparelho
de som
CDs
de Música
Papel
com pauta
Caderno
de música
Instrumentos
de percussão
Xerox
da História da Música
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TEATRO
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Livro
Didático
Aparelho
de som
Datashow
Filmadora
Colchonete
Elástico
de 1”
Fitas
de cetins cores variadas
Xerox
de textos teatrais
Tecido
TNT cor verde
Tecido
TNT cor azul
Tecido
TNT cor branco
Tecido
TNT cor marrom
Tecido
TNT cor vermelho
Fantoches
Figurinos
variados
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XII_ BIBLIOGRAFIA:
ANDRADE, R. F.; SÁ, C. R. F.; SAMWAYS, E. Ensino da arte: eis a questão.
Curitiba: Módulo, 1993
BARBOSA, A. M.
(Org.). A compreensão e o prazer da arte. São Paulo: SESC Vila Mariana, 1998.
___________.
(Org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.
__________. A
imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 2002.
BRASIL,
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte.
Brasília: MEC, 1998.
CLARO, Edson. Dança – Educação Física – Uma
reflexão sobre consciência Corporal e profissional. São Paulo: Robe, 1995.
Enguita, Mariano. Publicação: Artigo da
Publicação Raízes e Asas n. 8. São Paulo: CENPEC, 1995 Páginas:
23.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1983.
GASPARIN, J. L. Uma didática para
a pedagogia histórico-crítica. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2002
(Coleção Educação Contemporânea).
PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA. Lei nº 12.287, de julho de 2010. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no
tocante ao ensino da arte.
PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA. Lei nº 11.769, de agosto de 2008. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade
do ensino da música na educação básica.
RICHTER, I. M. interculturalidade
e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas: Mercado de
Letras, 2003.