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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Documento de Reforma Curricular da disciplina Arte.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOSSORÓ / PMM
Secretaria Municipal da Cidadania / SMC
Gerência Executiva da Educação / GEED

Subcomissão de Reformulação Curricular:
Componente Curricular Ensino da Arte






CON cEPÇÃO E
PRO  POSTA DE
         IMPLANTAÇÃO






Componentes:
Prof. Hebert          Luis Regis de Menezes (autor)
Profª. Margareth  Rejane da Silva Pereira (Secretaria)
Prof. Álvaro          M. C. de Carvalho (Colaborador)
Prof. Carlos         Roberto Teixeira (Colaborador)
Profª. Jaciara       Gomes Pereira (Coordenadora Pedagógica)



Mossoró (RN), março de 2011.



S U M Á R I O:

I _ APRESENTAÇÃO 
II _ INTRODUÇÃO / JUSTIFICATIVA
III _ EMENTA DA DISCIPLINA
IV _ OBJETIVO GERAL
V _ OBJETIVOS ESPECÍFICOS
VI _ CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
          ARTES VISUAIS 
          MÚSICA
          DANÇA
          TEATRO
VII _ METODOLOGIA
VIII _ PROCEDIMENTOS
IX _ AVALIAÇÃO / FORMAS AVALIATIVAS
X _ SUGESTÕES ELENCADAS
XI _ RECURSOS E  MATERIAIS 
XII_ BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 


I_ APRESENTAÇÃO:

            Este projeto de Concepção e Proposta de Implantação de uma nova matriz curricular para o ensino da Arte nas escolas públicas municipais em Mossoró (RN) é fruto de debate e reflexões, construídas ao longo de sete (07) encontros de 4horas presenciais e 12horas de pesquisa e construção teórica, realizadas pela Subcomissão de Reformulação Curricular: Componente Curricular Ensino da Arte, totalizando 40 horas.
            Nosso objetivo seria construir uma matriz curricular que inovasse e atualizasse os conteúdos da disciplina: Ensino da Arte, com foco nos conteúdos mínimos, baseando nossas ações em estudos, aprofundamentos de leituras e pesquisas de conteúdos para propor uma nova realidade do ensino/aprendizagem da Arte/Educação nas Redes de Educação públicas municipal de Mossoró/RN.
            Consideramos que nenhuma proposta teórica provocará a mudança de realidade por si só, pois acreditamos que essa mudança só poderia ser possível se houvesse um vínculo de pesquisa continuada adotado pelo professor de arte, como também, a criação de uma assessoria especializada na GEED, voltada para esses educadores que por constatações percebemos a ausência de formação acadêmica ou vivência nas linguagens artísticas, mas que demonstram interesse em conhecer metodologias básicas para um ensino eficiente.
            Pelo vínculo de pesquisa e uma assessoria em Arte/Educação ocasionaria a nosso ver, o delinear de um processo interno de desconstrução de práticas pedagógicas ortodoxas, historicamente já concebidas na municipalidade para a reconstrução / reestruturação em um novo devir em sala de aula.
            Pretendemos balizar nossa Matriz Curricular voltando o olhar para o ensino local e elencando conteúdo regionalizado no tocante a Lei nº 12.287 de 13 de Julho de 2010, buscando práticas que valorizassem os bens artísticos e culturais, identificando manifestações, eventos artísticos, monumentos, galerias, museus e artistas existentes no município de Mossoró.
            Desta maneira, acreditamos que aproximaremos nosso alunado as manifestações e produções artísticas que devem ser entendidas como objetos culturais, pertencentes ao modo de vida que contribuem à construção de uma cidadania local. Por sua vez, tais manifestações foram construídas pelo homem ao longo de sua vida e carregam dentro de si inúmeros significados que devem ser desvendados na escola.

 II_ INTRODUÇÃO COM JUSTIFICATIVA:
            O estudo da Arte deve ser entendido como a reconstrução do próprio objeto artístico, suas condições de produção e recepção estética ou educação estética. Entendemos que a educação estética (humanização dos sentidos), pode ser trabalhada nas instituições escolares por meio da disciplina atualmente denominada Ensino da Arte. Tornar-se e reconhecer-se como humano ocorre quando temos acesso aos bens culturais que a humanidade construiu ao longo dos anos, e entre eles está o conhecimento artístico. Educar esteticamente consiste em ensinar o Homem a ver, ouvir, movimentar-se, atuar e sentir, o que não acontece de forma livre e espontânea. Assim, perguntamos: O que ensinar sobre arte nas escolas? Como ensinar? E como avaliar? O que são conteúdos escolares e artísticos?
            Na primeira indagação nos debruçamos nas Propostas Curriculares para o Ensino da Arte solicitadas anteriormente pela GEED aos professores de Arte, observamos que dos 34 professores existentes na rede municipal de ensino só 08 entregaram suas propostas teóricas, feitas as leituras percebemos que em todas aparecem as Artes Visuais reflexo de um curso de atualização nos PCN’s realizado em 2000 promovido pela GEED, e nas demais cita de forma imprecisa as linguagens de Tetro e Dança.
            Não é de nosso intuito afirmar com estatísticas, haja vista o baixo número de Propostas, o que nos chega, é a possibilidade de perceber a realidade pela amostragem e nesse recorte não encontramos o ensino de Música agora tendo sua obrigatoriedade pela Lei nº 11.769/08 que altera a LDB de nº 9.394/96 no seu parágrafo 6º: A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente escolar de que trata o parágrafo 2º deste artigo.
            Para responder a questão: O que ensinar sobre arte nas escolas? Baseamos-nos na Resolução nº 06/2009 – CME que estabelece a Matriz Curricular para o Ensino Fundamental nas Unidades Escolares da Rede Municipal de Natal/RN, que demonstra uma referência estadual, e em pesquisas realizadas pela Internet, observamos que a forma de elencar as quatro linguagens artísticas (Música, Dança, Teatro e Artes Visuais) respeitando a faixa etária nas escolas se trata de uma conjuntura tendenciosa nacional.
            Justificando essa mudança tardiamente, encontramos nos PCN’s Artes quando trata dos objetivos gerais do ensino de Arte a seguinte orientação:
“No transcorrer do ensino fundamental, espera-se que os alunos, progressivamente, adquiram competências de sensibilidade e de cognição em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, diante da sua produção de arte e no contato com o patrimônio artístico, exercitando sua cidadania cultural com qualidade.” (PCN’s Artes, 1998, p. 47).
           
            Percebemos que Artes Visuais, Dança, Teatro e Música caracterizam as principais linguagens artísticas a serem implementadas através da disciplina: Ensino da Arte.
            Portanto, sugerimos a organização das linguagens artísticas por anos finais do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano), na grade curricular das escolas municipais da seguinte maneira:
6º ANOS
7º ANOS
8º ANOS
9º ANOS
ARTES VISUAIS
MÚSICA
DANÇA
TEATRO

            Para que o conteúdo fique mais prazeroso e regionalizado, propomos adotar os quatro eixos temáticos norteadores artísticos e de orgulho social da municipalidade de Mossoró, acrescido da manifestação cultural-artística religiosa: Oratório de Santa Luzia, que servirão de base para a pesquisa em Artes Visuais, Música, Dança e Teatro, sendo livre sua correlação com a linguagem artística:
·         A libertação dos escravos: (6º ano).
·         O Motim das mulheres e o Oratório de Santa Luzia: (7º ano).
·         A resistência ao bando de lampião: (8º ano).
·         O 1º voto feminino (9º ano).
            Contribuindo, ressaltamos que cada manifestação/objeto e/ou linguagem artística têm uma história que precisa ser recuperada para se dar um sentido a eles.  Essa história muda muito de acordo com o valor que se atribui socialmente a esse objeto, isso significa que esse objeto vai-se transformando e adquirindo a forma de um objeto cultural.
            Consideramos que estamos vivenciando os conceitos de uma sociedade pós-moderna, por esse motivo, concebemos a idéia de que a disciplina: Ensino da Arte implantando essa nova matriz curricular em todos os anos escolares, respeitando a faixa etária dos alunos e o conhecimento prévio gradativo do professor, resultaria no ato pedagógico “intercultural” com o objetivo maior de conhecer e reforçar a herança artística e estética dos educandos, ampliando as formas de ver e sentir os objetos artísticos, bem como, reconhecer outros que não fazem parte de seu acervo imediato e preservar esses objetos como representação de culturas, de identidades, de patrimônio da humanidade.
            Segundo Barbosa, “o compromisso com a diversidade cultural é enfatizado pela Arte-Educação Pós-moderna” (2002, p. 19), através da “idéia de reforçar a herança artística e estética dos alunos com base em seu meio ambiente” (BARBOSA, 2002, p. 24). Nessa direção, tanto Richter (2003) como Barbosa (1998; 2002) vêm, ao longo dos anos, produzindo diferentes estudos sobre a diversidade cultural no ensino da arte. Segundo as referidas autoras, definir diversidade cultural pressupõe evocar diferentes termos, tais, como multiculturalismo, pluriculturalidade, interculturalidade, que, na atualidade, aparecem como sinônimos no ensino de arte.
            No entanto, Barbosa (2002) e Richter (2003) nos alertam que o termo mais adequado para designar a diversidade cultural no ensino da arte é a “interculturalidade”.
            No livro Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte, Barbosa nos explica que, “enquanto os termos ‘Multicultural’ e ‘Pluricultural’ pressupõem a coexistência e mútuo entendimento de diferentes culturas na mesma sociedade, o termo ‘Intercultural’ significa a interação entre as diferentes culturas” (2002, p. 19).
O desrespeito das diferenças culturais é refletido, a nosso ver, nas escolas onde se apresentam: a) atitudes de pré-conceito; b) situações de violência e intolerância entre alunos e c) maltrato dos livros. Tais percepções vão de encontro a uma sociedade que reclama pela falta de leitura e as ações de um país que distribui livros gratuitos para incentivar o habito.     Diante desse pensar, nossa atenção recairia em ações pedagógicas que propiciem o educando a desenvolver a leitura em Arte, ou seja, o letramento estético, aprendendo a dar significado aos seus objetos interculturais e, se possível, produzi-los, com base nesse conhecimento. Semelhante aos estudos realizados em língua portuguesa sobre os textos literários que no nosso caso seria os objetos de Arte, os alunos vão recuperar a intertextualidade desses objetos que vão além do próprio objeto.
Concluímos na perspectiva de que a disciplina: Ensino da Arte, sobre esse novo foco, deve ser vista como o direito de os alunos usufruírem o patrimônio artístico local e da humanidade, de terem acesso a ele, valorizando as experiências estéticas como representações culturais de luta e de construção de identidades em diferentes tempos e lugares e, ao mesmo tempo, reconstruindo-as frente às suas expectativas pessoais, pois o estudo da Arte faz parte de uma filosofia, razão, sensibilidade e leitura de mundo.


III_ EMENTA DA DISCIPLINA:

            Nas escolas esta Disciplina está formalmente regulamentada pela Lei 9394/96 (LDB), no seu “ínterim” nos revela que Artes* é uma disciplina de igual valor pedagógico como as demais disciplinas do currículo escolar. É obrigatória e se dimensiona na área educacional como linguagem. Na nossa realidade, acreditamos que a disciplina está preocupada com o aluno vivo, inquieto e participativo por esse motivo jamais devemos expulsa-lo de sala de aula, com um professor que não teme suas próprias dúvidas sempre pesquisando e com uma escola aberta, interativa e diversificada, socializadora das redes de comunicação existente no mundo globalizado.
            Estamos vivenciando as transformações sociais e tecnológicas do século XXI que nos remete as teorias da contemporaneidade e pós-modernismo. Objetivando-nos a preparar o indivíduo para a vida moderna, como também, ao desenvolvimento das habilidades intelectuais, psicoemocionais e corporais, e não só, para o mero acúmulo de informações.
            Nessa perspectiva, devemos trabalhar o aluno como uma pessoa inteira, com sua afetividade, suas percepções, sua expressão, seus sentidos, sua crítica e sua criatividade, emolduradas pelo desenvolvimento de uma consciência cidadã.
            Portanto, propomos aos alunos práticas artísticas e situações inerentes ao seu dia-a-dia, para que os mesmos possam ampliar seus referenciais de mundo e trabalhar simultaneamente com todas as linguagens (escrita, sonora, dramática, plástica e corporal). Abordaremos o desenvolvimento de atividades que possibilitem a desinibição corporal e a liberação da criatividade como elemento de auto-expressão, aliado ao despertar de definições artísticas e o desenvolvimento da apreciação, crítica e gosto pela Arte.
______________________________________________________________________
Artes*_ uso da nova nomenclatura para a Disciplina Ensino da Arte.


IV_ OBJETIVO GERAL:


·         O objetivo geral do Ensino de Artes é a promoção do desenvolvimento artístico, estético e cultural do educando, desenvolvendo nos alunos a capacidade de leitura estética nas diversas linguagens, propiciando o acesso aos bens artísticos de Mossoró, incentivando a capacidade de análise e crítica associada ás imagens e de produção artística, estimulando-os a pensar sobre a criação nas diversas linguagens artísticas: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança.

  
V_ OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


·      Contribuir para o desenvolvimento mais humano e por uma ética/estética do conviver e viver a vida, implicadas na diversidade cultural, promovendo leituras imagéticas, sonoras, táteis e corporais, ampliando a expressividade na formação de leitores/criadores de uma poética singular/plural, formar um público capaz de reconhecer a produção artístico/estético e cultural local, nacional e internacional;
·      Discutir e questionar os estereótipos e preconceitos culturais, visando o respeito à diversidade em qualquer nível e saber;
·      Desenvolver procedimentos pedagógicos que favoreçam ao aluno uma visão ampliada
     sobre Arte e Cultura;
·      Planejar e executar aulas de campo a instituições históricas e culturais, monumentos, participação em eventos de natureza sócio-culturais, propondo alternativas quando da existência de obstáculo para essas práticas.
·         Socializar informações culturais, articulando os diversos conhecimentos sistematizados de diferentes fontes culturais, sejam conhecimentos locais, globais, do senso comum e/ou de natureza científica.


VI_ CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Os conteúdos de Arte devem ser vistos como modos de ampliar o conhecimento de mundo do aluno e, que aqui estão expostos para ser fonte de guia na pesquisa do professor. Não há subordinação entre esses conteúdos se forem colocados em cheque com o caráter transitório da Arte, porque nunca um objeto artístico será igual ao outro, envolvendo muitas leituras sujeitas à perspectiva de quem lê, porque aprendeu a ler.
            Indicam-se o estudo da Arte como linguagens construídas com códigos e materiais próprios (artes visuais, musica, teatro e dança), de acordo com suas funções sociais.
            As artes visuais são identificadas por sua linguagem visual.
            A música é identificada por sua linguagem musical.
            O teatro é identificado por sua linguagem teatral.
            A dança é identificada por sua linguagem corporal.
            Conteúdos escolares são os saberes universais que constituem o mundo da cultura, e, entre eles, está a arte. No contexto escolar, o objeto de estudo da disciplina Arte são os conteúdos específicos contemplados nas diferentes linguagens artísticas, entre elas Música, Dança, Teatro e Artes Visuais, em um determinado tempo e espaço historicamente construído pelo Homem. Nesta perspectiva, os conteúdos escolares em arte devem ser abordados em direção a uma totalidade e que possa abarcar dois eixos segundo GASPARIM (2002):

Gráfico e destaque do autor.
            A faixa etária dos alunos é um diferencial no desenvolvimento desses processos porque envolvem aspectos cognitivos, interesses pessoais, conhecimentos prévios.
            A seguir são apresentados os conteúdos programáticos selecionados das linguagens artísticas por séries anuais.

ARTES VISUAIS
Cores Primárias, Secundárias e Terciárias/ Quentes e Frias / Monocromia, Bicromia e Policromia;
Ponto: ponto geométrico, ponto gráfico e sua utilização em produções visuais;
Linha: classificação e aplicação dos diferentes tipos de linhas quanto ao traçado e à forma;
Textura como elemento expressivo natural ou produzido e visual ou tátil;
Direção, movimento, ritmo, volume, proporção, equilíbrio e simetria;
A pintura rupestre brasileira: lajedo de Soledade /Apodi (RN); motivos naturalistas e motivos geométricos; figuras antropomorfas e zoomorfas e as expressões rupestres na região nordeste;
A arte dos índios brasileiros antes e após o descobrimento do Brasil: a cerâmica marajoara, a arte do trançado e a tecelagem; a cerâmica; a arte plumária e pintura corporal
A história da Cidade de Mossoró: a arquitetura tradicional e inovadora, o traçado da cidade, principais monumentos artísticos e principais artistas. Os artistas pioneiros. Pontos turísticos da cidade;
A grande contribuição do negro no desenvolvimento e riqueza do Barroco colonial brasileiro. Mestre Ataíde e Aleijadinho. O Barroco como o primeiro estilo artístico brasileiro;
Técnicas e prática de gravura em geral, com especial ênfase na xilogravura ilustrativa da literatura de cordel;
A arte popular brasileira – As principais manifestações visuais da Arte Popular Brasileira (colunas, carrancas, bonecos, tecelagem, etc.) e os seus principais representantes;
Estudo dos elementos estéticos da cultura afro-brasileira (Auto da Liberdade: Libertação dos escravos);
Renascimento – principais características da arquitetura renascentista; o uso da perspectiva, do claro -escuro e o realismo da pintura; os ideais clássicos de beleza: o equilíbrio da simetria e a regularidade de formas e cores; a criação de volumes e o jogo de luz e sombra da escultura renascentista resultante de uma interpretação científica da realidade. Obras dos grandes mestres do Renascimento;
O nacionalismo e a valorização da natureza;
As grandes transformações na arte a partir do século XIX aos dias atuais; as novas tendências estéticas associadas às grandes transformações sociais, científicas e tecnológicas;
A Semana de Arte Moderna e a busca de uma identidade cultural nacional.

MÚSICA
§  Musicalização: conceito e teoria musical. Escrita musical com notação tradicional;  
§  Identificação dos artistas formadores do patrimônio musical do município de Mossoró: Auto da Liberdade (hino nacional brasileiro e hino de Mossoró);
§  Identificação dos diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cultura mossoroense, e sua contribuição para a construção do patrimônio cultural do município de Mossoró;
§  Audição, identificação e interpretação dos diferentes gêneros musicais (popular, erudito e folclórico e a influência dos estilos internacionais na musica popular brasileira;
§  A influência do ritmo sobre o corpo;
§  Pesquisa auditiva (som, ritmo e silêncio) com sons naturais e artificiais;
§  Relaxamento, aquecimento, técnica vocal e prática de canto individual e /ou conjunto;
§  Coleta de dados sobre a música nas culturas negra, indígena e português;
§  A música como forma de diversão, estímulo, relaxamento e expressão religiosa: Oratório de Santa Luzia;
§  Experiências estéticas adquiridas, sonorizando situações, fatos, imagens, representação gráfica e partituras;
§  Entrevista com os diferentes profissionais que atuam na área musical;
§  Pesquisa de instrumentos musicais de outras culturas;
§  Pesquisa sobre os espaços culturais e a atuação musical dos artistas mossoroense;
§  Identificação dos artistas que contribuíram para a formação do patrimônio musical do município de Mossoró;
§  Forró: conceito e história na formação da cultura nordestina;
§  Audição de músicas variadas;
§  Pesquisa sobre os espaços culturais, atuação dos músicos nordestinos e sua contribuição para a formação do patrimônio cultural do município de Mossoró: Chuva de Bala no País de Mossoró;
§  Exploração dos sons naturais, artificiais, ritmos e o silêncio em estruturas sonoras e rítmicas, para criação de composições e improvisações vocais e instrumentais;
§  Construção de instrumentos musicais alternativos, com materiais diversificados;
§  A música popular brasileira e a influência dos elementos básicos da linguagem musical de origem indígena, negra e portuguesa;
§  Características das tendências estéticas e dos movimentos de manifestos artísticos brasileiros (bossa nova, tropicalismo, canção de protesto, jovem guarda, entre outros), seus artistas e produções mais significativas das tendências estudadas.
DANÇA
§  Dança conceito;
§  A dança no Brasil;
§  O gesto corporal como linguagem não verbal;
§  O gesto simétrico e assimétrico;
§  O corpo musculatura e articulações;
§  O corpo na mídia e performance corporal;
§  Movimento corporal e suas dinâmicas no Tempo e no Espaço;
§  Eixo / deslocamento / ponto de apoio e Rotação;
§  Saltos e quedas;
§  Níveis: alto, médio e baixo;
§  Direções (frente, trás, lado direito, esquerdo, diagonais e paralelas);
§  Dinâmicas (movimentos fortes e fracos);
§  Aceleração (rápida, lenta, moderada e andante);
§  Improvisação com músicas variadas e/ou com imagens;
§  Coreografia: estudo e construção;
§  Deslocamento (solo e em grupo);
§  Estudo dos elementos básicos psicomotores (correr, andar, saltar, pular, rastejar, rolar); 
§  Equilíbrio estático e dinâmico do corpo, equilíbrio no eixo e fora do eixo corporal;
§  Formação de grupo;
§  Técnicas: alongamento corporal antes das práticas e relaxamento no final;
§  Gênero: Pré-história, circular;
§  Gênero: Folclórica, Popular e Étnica;
§  Gêneros: Dança de Salão e Religiosa;
§  Vivência nas Danças de Forró (Xote, Xaxado e Baião);
§  A importância da Valsa nas festas de debutante (prática/vivência);
§  Dança popular brasileira: nordestina, africana, indígena, renascimento;
§  Dança clássica: O Balé Clássico de repertório e sua técnica;
§  A corte de Luiz XIV e sua importância na dança;
§  Dança moderna e sua oposição a técnica clássica;
§  Danças contemporâneas: Hip-hop, Indústria cultural, Vanguardas e romantismo;
§  Gênero: Os espetáculos de Mossoró;
§  Pesquisa dos principais artistas dançantes e grupos de Mossoró;
§  Estudo de um espetáculo: Auto da Liberdade.
TEATRO

Elementos formais da linguagem teatral: palavra, voz, tom, mímica, gesto, maquiagem, acessório, figurino, música, iluminação, sonoplastia;
Elementos básicos do movimento expressivo vocal;
Elementos cênicos da obra dramática;
Introdução: dicção – movimentos respiratórios – inspiração e expiração: lúdica, centrada no percurso do ar, abdominal e outras;
Elementos da ação dramática;
Jogos dramáticos com os elementos da ação cênica;
Teatro conceito e origem (Teatro de Arena);
O teatro mossoroense (autores e atores pioneiros da Cidade de Mossoró);
Lendas indígenas em produções teatrais;
Elementos corporais na comunicação dramática;
Marcação de cenas;
Definição, organização, construção e representação de elementos cenográficos: espaço, ambiente e lugares;
Definição de personagens;
Contextualização da produção teatral;
Elementos básicos do movimento expressivo vocal;
Elementos cênicos da obra dramática;
Introdução à dicção – movimentos respiratórios - inspiração e expiração: lúdica, centrada no percurso do ar, abdominal e outras;
Manifestações cênicas presentes na cultura popular brasileira;
Montagem cênica: leitura e análise da dramaturgia local;
Elementos da linguagem cênica;
Formas simétricas e assimétricas do corpo;
Leitura de textos de expressão cênica;
Elementos teatrais: formas;
Artistas pioneiros do teatro no Brasil;
Textos de teatrólogos;
Escritores e dramaturgos brasileiros;
Construção e elaboração da montagem cênica;
Estudo de um espetáculo: Chuva de Bala no País de Mossoró;

VII_ METODOLOGIA:

            Baseada no Método Dialógico de Ensino e uso da palavra chave ou tema gerador Paulo Freire (1996), como também, na Proposta Triangular para o Ensino da Arte in Ana Mae Barbosa (2002), destacando no ensino a Problematização e a história dos fatos.
            Considerando a conceituação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, as expectativas de aprendizagem relacionam-se ao desenvolvimento de habilidades relativas à
1. Produção (fazer artístico): percepção, experimentação, criação, produção.
2. Fruição (apreciação): comunicação, leitura, compreensão análise e interpretação.
3. Reflexão (contextualização): pesquisa, reflexão, crítica, autocrítica
            Balizaremos nossa Metodologia nos três eixos estratégicos de aprendizagem como sugere CLARO (1995):
  • Cognitiva: Transcrição, leitura e compreensão dos textos programados para o registro no caderno; debate e reflexão do conteúdo, observação de espetáculo de dança, teatro, artes plásticas, coral, orquestras e filmes.
  • Afetiva: Facilitação da percepção do relacionamento entre ser o contexto e não somente de estar no contexto, através do diálogo oral e corporal.
  • Psicomotora: dinâmicas de grupo, jogos lúdicos e vivência do próprio corpo com as oportunidades de técnicas corporais e técnicas de produção de artes plásticas, sonora e dramática.

VIII _ PROCEDIMENTOS:
·         Aulas expositivas: teóricas e práticas;
·         Debate e reflexões em grupo;
·         Palestras dialógicas;
·         Discussão de vídeos e obras de arte;
·         Vivência corporal (dinâmicas);
·         Trabalhos independentes e elaborações conjuntas;
·         Uso da Internet;
·         Apreciação de filmes e documentários;
·         Aulas práticas: vivências;
·         Visitas orientadas: Museus, Galerias, Teatros e monumentos;
·         Apreciação de espetáculos.

IX_ AVALIAÇÃO / FORMAS AVALIATIVAS:

Nossa avaliação será continua e progressiva, dimensionada na Avaliação formativa:  Competencias, conhecimeto, atitude e habilidades, se adequando à natureza da aprendizagem, levando em conta não só os resultados das atividades propostas e realizadas, o produto, mas também o que ocorreu no caminho, o processo. Para isso observaremos as seguintes indagações elencadas:
a)    Que tentativas o aluno fez para realizar a atividade?
b) Que dúvidas manifestou?
c) Como interagiu com os outros alunos?
d) Demonstrou alguma independência?
e) Demostrou interresse?
f) Revelou progressos em relação ao ponto em que estava?


"A avaliação deve servir para subsidiar a tomada de decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem será excluído do processo."
Enguita (1995).


X_ SUGESTÕES ELENCADAS:

            (1ª) Conforme Resolução nº 01, de 31 de janeiro de 2006, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, publicada no Diário Oficial da União de 02/02/2006, Seção I, pág. 9, denomina-se Artes (grafada no plural e com letra inicial maiúscula), o ensino da arte, como disciplina pedagógica inserida na Educação Básica das escolas brasileiras, constituída pelas linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança, Teatro, Música) e instituída como componente curricular obrigatório pela Lei Nº 9.394 das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996, reconhecida como área de conhecimento (Arte) a partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN/Arte (1996-97);
            (2ª) Criação do Departamento: Ensino de Arte na Gerência Executiva de Educação/GEED, assegurando a assessoria aos professores sem formação em nível superior em Cursos de Licenciatura em Educação Artística nas diversas habilitações ou de Licenciatura nas diversas linguagens específicas da área.
            (3ª) O Ensino de Artes organizar-se no currículo escolar considerando-se em cada ano de escolaridade do ensino fundamental uma das diferentes linguagens e formas de conhecimentos artísticos, a saber: Ensino de Artes Visuais (1º, 2º e 6º anos), Ensino de Dança (5º e 8º anos), Ensino de Música (3º e 7º anos) e Ensino de Teatro (4º e 9º anos).
            (4ª) A carga horária do professor de Artes poderá ser complementada com projetos e oficinas para alunos, desde que não ultrapassem 50% de sua carga horária integral, devendo o projeto ser elaborado em conjunto com a equipe gestora, apreciado e devidamente aprovado.
- As oficinas artísticas, e os projetos pedagógicos que visam o desenvolvimento de uma habilidade artística, são atividades a serem realizadas no contra turno do educando e/ou em horário alternativo proposto e acordado pelos indivíduos envolvidos.
            (5ª) A nova matriz curricular na área de Artes será implementada de forma gradativa, respeitando a formação inicial do professor.
            (6ª) O ensino de Artes deve ser organizado de modo a favorecer o ensino e a aprendizagem equilibrada de cada linguagem artística, evitando-se a superficialidade e os estereótipos.
            (7ª) Ações desenvolvidas pela Gerência Executiva de Educação/GEED para ampliar a política de Formação Continuada para professores de Artes, incluindo gestores e coordenadores pedagógicos para discutir os novos desafios lançados para o componente curricular: Artes, criando e instalando um Fórum Interinstitucional entre formadores e professores de Artes.

XI_ RECURSOS MATERIAIS:

ARTES VISUAIS
Livro Didático
Cartolinas tipo comum cores variadas
Cartolina Guache cores variadas
Caixa de lápis hidrocor
Caixa de lápis grafite b2/b3/b4
Caixa de borracha branca
Caixa de giz de cera
Caixa de lápis de cor
Folhas de EVA cores variadas
Tubos de cola branca de 500ml
Cola Colorida
Cola com gliter
Pistola de cola quente
Bastões de silicone (grosso e fino)
Pinceis nº 0, 02,04,06,08,10,12,14, 20 e 24
Rolo de barbante de algodão
Folhas de papel crepom cor verde
Tesouras sem ponta
Réguas
Rolo de papel de embrulho
Fita gomada M3
Durex
Telas tamanhos diversos
Papel Oficio
Papel Madeira
Papel peso 40
Papel Laminado
Papel Celofane
Papel Paraná
Tinta Látex
Tinta Pigmentos
Tinta Guache
Tinta Dimensional
Verniz


  
DANÇA
Livro Didático
Aparelho de som
Datashow
Filmadora
Aparelho de DVD
Colchonete
Bambolê
Elástico de 1”
Fitas de cetins cores variadas
Xerox da História da Dança
Cd de música
Vídeos (filmes)
Camisas
Shorts de tactel


MÚSICA
Livro Didático
Aparelho de som
CDs de Música
Papel com pauta
Caderno de música
Instrumentos de percussão
Xerox da História da Música



TEATRO
Livro Didático
Aparelho de som
Datashow
Filmadora
Colchonete
Elástico de 1”
Fitas de cetins cores variadas
Xerox de textos teatrais
Tecido TNT cor verde
Tecido TNT cor azul
Tecido TNT cor branco
Tecido TNT cor marrom
Tecido TNT cor vermelho
Fantoches
Figurinos variados

  
XII_ BIBLIOGRAFIA:


ANDRADE, R. F.; SÁ, C. R. F.; SAMWAYS, E. Ensino da arte: eis a questão. Curitiba: Módulo, 1993
BARBOSA, A. M. (Org.). A compreensão e o prazer da arte. São Paulo: SESC Vila Mariana, 1998.
___________. (Org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.
__________. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 2002.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte. Brasília: MEC, 1998.
CLARO, Edson. Dança – Educação Física – Uma reflexão sobre consciência Corporal e profissional. São Paulo: Robe, 1995.
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