Pesquisar este blog

sexta-feira, 1 de abril de 2011

RAZÃO DE LEMBRAR.



É de natureza interina do ser humano existir, lutar pela sua existência e se perpetuar, mesmo que simbolicamente ou por metáforas, para tanto existem pessoas que abraçam uma vida religiosa, escrevem livros, são professores outros educadores, publicam poesias, tocam um instrumento, cantam, gravam CDs, pintam quadros maravilhosos, dançam, se casam e tem filhos, capturam os momentos mais felizes com fotografias, registra a sua realidade com filmagem e o que era vivido se torna retórica do passado.
Nessa jornada de vida reconhecemos humanos encarnados que simplesmente só existem, mesmo assim deixam lembranças que com o passar do tempo ficam tênue e desaparecem. Conhecemos outros que escrevem compulsoriamente sua história de vida mental, vivem a perseguir um sonho e ninguém pode dizer que os sonhos não se realizam, escrevem os mais ousados, sua própria história de vida... Um sonho dentro de outro sonho, uma linguagem utilizada para descrever outra linguagem ou qualquer sistema de significação (metalinguagem), esses sujeitos realizam projetos e modificam sua realidade social.
Em 30/03/2011 (quarta-feira) nosso ex-presidente LULA recebeu o título de 'honoris causa' da Universidade de Coimbra em Portugal, essa Universidade é dois séculos mais antiga que as nossas. Fato esse que deve ser grampeado em nossas memórias, pois quando um colegiado acadêmico se reuni para designar um título como esse, é de uma honraria intelectual magnífica, pois lhes concede a graça e nobilita-o a dá aulas ou palestras em qualquer universidade do mundo, vale apena lembrar que o nosso ex-presidente não tem em seu Curriculum um curso universitário, mas tem em sua história de vida, porque a história de luta ficou para trás, um título de ex-presidente da nação brasileira... Há que discorde, mas LULA mudou a realidade social do Brasil, isso basta!
Tenho saudades dos seres dançantes e artísticos da minha época da graduação, da alegria, do corpo em movimento, dos saltos, giros, suor, flexão, alongamento, pele, tensão, espelho, piso tablado, programas de espetáculo, dos gritos de Edílson e dos olhos amarrados no movimento sinestésico do nosso querido e amado Edson Claro. Se vivermos dançando somos mais significativos, se paramos de dançar sentimos dores, o peito aperta e a alma reclama. As memórias de uma pessoa que dança jamais são esquecidas podem ser ludibriadas ou escondidas, o corpo fala, se movimenta, se expressa, gesticula, saúda, cumprimenta, aprende, senti, senta, passa, tempo, tempo passa andante, adágio, livre e voa, a memória corporal reclama, os movimentos se tornam espontâneos é a própria desintegradora dos códigos, dos lugares comuns, da normalidade, das lembranças, das emoções e da razão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário