Pesquisar este blog

segunda-feira, 15 de março de 2010

ESVAZIADO



Hoje limparei a poeira do meu lar,
Baterei os sapatos antes de entrar,
Olharei em todas as direções,
Tocarei selvagemente às paredes do meu coração.

Ligarei meu som para escutar uma linda melodia,
Quem sabe? O som fará esquecer o lindo dia,
Que me fizeste escravo do teu olhar,
Machucou e se apossou de mim.

Olhos negros de irritabilidade
Mentiras esverdeadas de novos paradigmas
Alma branca de subjetividade
Função: ilusão escorregando num rio de lamas.

Mergulhei espontaneamente e você me trouxe a tristeza,
Em oceanos de estrelas que as pontas me cortaram a pele,
Embriagado de amor... Não sentir nada!
Manchas, marcas, seqüelas, cicatrizes e hematomas.

Lesões que o antídoto do tempo fará apagar
Fará deletar, sumirá, desaparecerá, desintegrará
Tornar-se-á poeira que o vento assobia,
Alivia meu pesar.

Meu, teu, nosso de quem será
O futuro decidirá
O tempo irá gira
O complexo mecanismo da vida.

Gira vida
Gira vento
Gira mundo
Gira e me deixa tonto.

Para cair e me levantar
Para chorar e enxugar
As paredes, o teto e o chão
Desse meu especial coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário