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segunda-feira, 22 de março de 2010

PARA NÃO ESQUECER: PINA BAUSCH.





A última dança de Bausch

A bailarina e coreógrafa alemã Pina Bausch morreu aos 68 anos, vítima de um cancro fulminante. Fica na História pelas visões inovadoras que introduziu na arte do corpo em movimento.

O mundo da dança está de luto. Pina Bausch, uma das maiores mentoras da fusão do teatro com a dança contemporânea, morreu na manhã do dia 30 de junho de 2009, num hospital alemão, segundo fonte da sua companhia Wuppertal Tanztheater. «Foi uma morte inesperada e rápida, cinco dias depois de lhe ter sido diagnosticado cancro», declarou à imprensa Ursula Popp, porta-voz do Tanztheater.

Considerada a grande figura da Nova Dança expressionista alemã, Pina Bausch inovou a arte do corpo em movimento pelas novas visões que nela introduziu, fruto de um método de criação fora do comum. Exemplos das suas arrojadas criações coreográficas são o genial Café Müller (1978), muitas vezes associado a uma experiência auto-biográfica, ou a sua única incursão no mundo da realização cinematográfica, com O Lamento da Imperatriz (1990), sobre o qual Bausch declarou ser «apenas um palco maior do que aquele a que estamos habituados».

Pina Bausch coreografou também para Habla Con Ella (2002), de Pedro Almodóvar, e preparava agora uma colaboração no mais recente projecto de Wim Wenders, que começou a ser filmado em Setembro de 2009.

Tendo continuado a sua carreira como bailarina mesmo após completar 60 anos, a notícia da sua morte foi um choque. Poucos sabiam do diagnóstico que lhe havia sido feito nem há uma semana, e nada fazia prever a súbita morte na madrugada da quinta-feira.

Nove dias após ter recebido o último aplauso no palco do Wuppertal, Pina Bausch recebe agora o eterno agradecimento do mundo da dança, que modificou permanentemente.

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