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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Acervo Artístico inestimável.

LEITURA ESTÉTICA

          Foi surpreendente encontrar nas dependências físicas da escola estadual Prof. José Nogueira, onde leciono a mais de cinco anos, um acervo histórico de artefatos que impressiona qualquer cidadão, sem falar a atração que causa os olhos mais sensíveis e especializados em Obras Artísticas.

           Considero que seja indiscutível sua importância artística no universo das Artes Plásticas no Estado do Rio Grande do Norte, pois é fonte inigualável de uma fazer artístico histórico pela utilização do suporte (alumínio) e as formas em alto e baixo relevo que a artista empregou na construção e elaboração de suas criações.

          São seis (06) telas monocromáticas com dimensão de aproximadamente 2MT por 1MT, confeccionadas em alumínio com fundo preto pontilhado, formas humanas e conteúdo imagético que lembram paisagens e pessoas do antigo oriente.

            Seu estilo artístico se aproxima muito do surrealismo figurativo, uma arte moderna sem data de sua elaboração, pois em todas as telas encontramos a assinatura (Zaíra), o que dificulta o registro do período da confecção e doação das mesmas para a escola acima citada.

            Acredito que o desafio da artista foi buscar a beleza e transformá-la em arte com o alumínio pela via no metal a leveza física e também a leveza da cor (brilho). Através da arte pode-se divulgar o material para todos os segmentos da sociedade. Em “minhas pesquisas encontrei que apenas em 1889 foi feita a primeira escultura em alumínio, uma réplica da Vênus de Milo.

           Figuras humanas se contorcem e disputam espaços com elementos da flora e fauna que confunde o leitor estético, muito embora a fauna e flora é relativa aos bichos do semi-árido do Nordeste, é facilmente identificado seres masculinos, femininos e andrógenos que seduz o olhar pela sinuosidade das linhas riscadas.

             O fundo preto pintado destaca as figuras no primeiro plano, nos dar uma impressão que os elementos da tela irá saltar do espaço bidimensional para o tridimensional interagindo mentalmente com o expectador ou apreciador. Toda a visibilidade é destacada pelo movimento, o olho não fica parado no momento da apreciação, somos levados pelas linhas riscadas no alumínio.

                 Não temos registro de sua autora, pois a mesma só assinou ZAÍRA e não datou as telas. Existe um comentário oral dialogado com a Sra. Elizete da Gestão Democrática da Escola onde levanta a  suspeita de que a artista era funcionária professora antiga da escola e nada mais...

                  Esse nome soa para mim de forma muito familiar. É preciso dizer que existe uma artista no RN que conheci no início dos anos 90 quando ingressei na Faculdade de Educação Artística da UFRN, essa artista marcou minha vida e dos demais graduandos daquela época. Vicente Vitoriano nosso amigo e professor de artes visuais nos levou a casa de ZAÍRA CALDAS, artista autodidata como o irmão DORIAN GRAY, costumo dizer que esses dois são patrimônio vivo da humanidade no Estado do RN.

                   Minhas suspeitas se fundamentam pela historiografia de ZAÍRA, relatada em meu blog que pra quem quiser ler ou conhecer um pouco mais da vida e obra da artista, é só acessar a postagem anterior.


                 ZAÍRA CALDAS é Autodidata e pesquisadora incansável, suas buscas levam-na à escultura com acrílico, ao alumínio, ao bico de pena, ao cimento, a caixas de papelão de formas e tamanhos variados, a garrafas plásticas, ao acrílico etc. Seus painéis em alumínio e ferro estão em cidades como Fortaleza e Brasília, entre outras capitais.

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